Quem tem tempo disponível – ou paciência – procura assistir o quê na TV local ao meio-dia? Houve um tempo que era quase unânime ligar na antiga RBS TV/NSC para assistir o Jornal do Almoço, o que está mais tempo no ar.
Hoje, a opção pode ser outro canal, com programas semelhantes, ou mesmo a opção de não ver nada. Por isso, nesse caso, há mais aparelhos desligados do que conectados em TV aberta.
O Jornal do Almoço atingiu uma linha editorial indefinida, onde o propósito é abordar pautas com deslocamentos fáceis, onde os repórteres são orientados a esticar o máximo o assunto para preencher espaço. Ou temas patrocinados como a Festa do Pinhão, de Lages, que bate recorde de minutagem. O coitado do repórter ainda tem que entrar duas vezes por dia.
Mas além disso, têm as quermesses, adoção de pets, as intervenções de repórteres no estúdio, os congressos e os assuntos da casa como um show da Atlântida FM, tratado como se fosse um festival da máxima relevância tipo Rock In Rio.
Assuntos factuais são raros. Semana ada, em um incidente com tiros de policial no morro do Horácio, a 200 metros das emissoras, a NSC foi a única ausente. ND e SCC fizeram intervenções ao vivo, enquanto a NSC colocou o colunista Anderson Silva em uma roubada de dizer o que acontecera sem nenhuma imagem.
Para assuntos imediatos do dia-a-dia melhor hoje em dia acompanhar a ND, que só não tem mais prestigio porque obriga o âncora a fazer merchandising. O público não gosta disso.
Então, a diferença para outros tempos é que a NSC está deixando espaço para os concorrentes, por problema de pauta além dos textos quase sempre iguais dos âncoras… E cabe ao público ficar com opção de escolha, inclusive de desligar aparelho.
Riem de quê?
E ainda tem as repórteres tik tokers, que riem em qualquer tipo de matéria e ainda mandam abaninhos.
Do que será que elas riem tanto?
Ação
Repercutiu na semana ada o processo e multa de 600 mil reais aplicadas a colunista Rosane de Oliveira e ao jornal Zero Hora por uma juíza gaúcha. E qual foi “crime” da jornalista? Divulgar, com base na lei de o informação, os enormes ganhos de mais de 600 mil mensal de uma ex-presidente do Tribunal de Justiça RS.
Várias entidades se solidarizaram com a jornalista, entre as quais a Associação Nacional de Jornais.
O jornal Zero Hora informou oficialmente que vai recorrer da decisão “reafirmando a liberdade de expressão e informação como princípio.”
A coluna se associa a todos os protestos contra a tentativa de censurar a imprensa.
Pisou na bola
O repórter Zé Maia, da CBN, quis fazer uma gracinha com o goleiro do Maracanã, que jogou com o Internacional no Orlando Scarpelli, e acabou transcendendo a função. Além disso, misturou os assuntos, já que o Figueirense não tinha nada a ver o jogo da Copa do Brasil, pois o estádio foi alugado.
Veja o texto dele como que tentando intermediar negócio.
