O Avaí Futebol Clube, o nosso Leão da Ilha, completa hoje 100 anos de glórias e conquistas. Uma alegria imensa para a Nação Avaiana, uma história construída ao longo de um século, acumulando um grande patrimônio que é a sua imensa legião de apaixonados. O Avaí é paixão pra toda a vida no coração de cada torcedor. Chegou ao Centenário, trazendo com ele conquistas e emoções, dentro e fora dos gramados. São 18 títulos Catarinenses, o Brasileiro da Série C e um patrimônio invejável com seu estádio, centro de treinamento, colaboradores, atletas profissionais, categorias de base, dirigentes e a torcida, símbolo da raça. Esse Avaí faz coisa.
Neste primeiro de setembro de 2023, o hino azurra criado por Fernando Bastos e Luiz Henrique Rosa é o hit mais tocado na ilha formosa, cheia de graça, onde o time da raça, com seu povo, sua gente, só pensa em bola pra frente, num só coração. O Avaí é paixão, é emoção. Nestes 100 anos de vida, aram pelo clube craques que marcaram época, fizeram história, tanto no antigo “Adolfo Konder” quando no atual “Aderbal Ramos da Silva”, o Estádio da Ressacada, inaugurado em 15 de novembro de 1983.
Quem não lembra do Avaí nos jogos da Copa Atlântico Sul jogando contra os grande da América do Sul. Quem não lembra do Avaí na excursão pelo Continente até a América Central. Nas conquistas históricas, a participação na Copa Sul-Americana, a semifinal da Copa do Brasil, o tetracampeonato da década de 40, o sexto lugar no Brasileiro da Série A em 2009. Ah, são tantas conquistas. Não dá para contar tudo aqui.
Tudo começou naquele sábado de 1º de setembro na casa do Amadeu Horn, no antigo Bairro Pedro Grande, hoje Agronômica, na rua Frei Caneca, quando um grupo de jovens se reuniu para formar o Avaí. O nome escolhido seria Independência e o presidente seria Horn. Arnaldo Pinto de Oliveira influenciou o grupo a trocar o nome, afirmando que Independência seria um nome complicado para a torcida gritar em apoio ao time. Oliveira sugeriu o nome Avahy, em referência à Batalha do Avahy. Todos apoiaram a ideia e foi aí que começou a história do então Avahy Foot-ball Club, mas tarde adaptado para Avaí Futebol Clube. Amadeu Horn foi seu primeiro presidente. As cores azul e branco foram inspiradas nas cores do Clube Náutico Riachuelo, um dos grandes do remo da cidade.
O livro lançado neste 1º de setembro pelos pesquisadores Felipe Matos, Spyros Apóstolo Diamantaras e Adalberto Klüser traz em números a história do Avaí. Avaí 100 anos de história conta a história de atletas, treinadores, dirigentes e fatos importantes destes 100 anos. Vale a pena conferir. Atualiza dados que até então eram divulgados como definitivos. Por exemplo: Rogério Ávila é o atleta que mais vestiu a camisa do Avaí, com 430 jogos, liderança até então do lateral Orivaldo, com 413 jogos. Os pesquisadores atualizaram os números com base em novas súmulas analisadas.
O técnico que mais dirigiu o Avaí foi o nosso querido Áureo Malinverni, que quando jogador foi o zagueiro que mais bem marcou o rei do futebol Pelé, jogando como quarto zagueiro do Grêmio. Áureo Malinverni dirigiu o Avaí por 248 jogos, vindo em seguida José Amorim com 216 jogos e Claudinei Oliveira, na era moderna, dos pontos corrigidos, fechou 176 jogos, com dois os à Série A e um título estadual (2021) e um vice em 2017.
Como atleta, Saul Oliveira foi um dos grandes destaques. Além de atleta foi treinador e chegou a ser presidente do clube. Um símbolo. Jogou no Avaí de 1939 e 1953. Tetracampeão catarinense, o maior artilheiro da história do clube com 219 gols, segundo a pesquisa do Avaí 100 anos de história. Uma história marcante eternizada na Medalha de Honra ao Mérito que leva seu nome, a maior honraria do clube, entregue a nomes históricos aprovados pelo Conselho Deliberativo.
Na história do clube temos o destaque do craque Marquinhos Santos, o maior artilheiro da Ressacada, com 94 gols e 400 jogos com a camisa do Leão. M10 é funcionário do clube, atua como coordenador técnico na equipe profissional. Ídolo recente da torcida azurra, tem uma história inquestionável defendendo o Leão da Ilha. Precisa ser reverenciado, pela importância que ostenta.
Não tenho coragem de arriscar o melhor Avaí de todos os tempos, mas temos momentos marcantes como os títulos de 1973, no Adolfo Konder, o de 1975 no Estádio Orlando Scarpelli, depois a conquista de 1988, um dos melhores times que o Avaí já formou. Está na boca do torcedor: Jorge Fossati; Netinho, Sérgio Márcio, Maurício e JJ Rodriguez; Belmonte, Flávio Roberto e Adilson Heleno; Adilson Gomes, Marcos Severo e Falcão. Técnico foi Sérgio Lopes.
100 anos de uma lenda! Confira:
