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Figueira sem rumo e sem reação

Foto: Patrick Floriani/FFC
Paulo Prisco, presidente da SAF, sempre cobrado a falar Foto: Patrick Floriani/FFC

A omissão da direção do Figueirense neste momento crítico é, no mínimo, lamentável. O time afunda rodada após rodada, a torcida clama por respostas, e o silêncio da cúpula é ensurdecedor. Não há uma coletiva, uma explicação, sequer um gesto de respeito ao torcedor que, mesmo desgastado, segue acompanhando o clube. Falta transparência, falta liderança e, principalmente, falta sensibilidade com quem carrega o Figueira no coração. O torcedor não exige milagres, exige verdade, planejamento e presença. Mas os dirigentes parecem esconder-se nos bastidores, distantes do caos que ajudaram a construir. Onde estão os responsáveis por esse projeto que não anda, que não convence e que não se comunica? O Figueirense vive uma crise dentro e fora de campo, e a ausência da direção só aprofunda o abismo entre clube e torcida.

Sem pontos, sem futebol, sem futuro

O Figueirense amarga um dos piores começos de campanha de sua história recente na Série C do Campeonato Brasileiro. Em cinco partidas disputadas, somou míseros dois pontos, com dois empates e três derrotas. Isso o coloca na lanterna da competição e em um cenário que beira o irreversível. A matemática é cruel: para escapar do rebaixamento, precisaria de pelo menos 18 pontos nos próximos 14 jogos. Para sonhar com classificação? 28. Difícil de acreditar, quase impossível de ver.

Sem identidade 

Empate melancólico em Itabaiana Foto: Divulgação/AOI

O empate melancólico em 1 x 1  contra a Itabaiana, em Sergipe, escancarou a dura realidade do alvinegro: o futebol é pobre, a equipe parece desorganizada e o coletivo inexiste. Pintado, técnico recém-chegado, esteve pela primeira vez à beira do campo, mas não conseguiu mudar o cenário. As peças que herdou são limitadas, e algumas apostas já falharam. Para piorar, não terá Gabriel Santiago, expulso, no próximo compromisso. Recomeçar, mais uma vez, do zero.

Pressão no Scarpelli 

O próximo desafio será contra o Ituano, um time recém-rebaixado da Série B, estruturado, competitivo e que vem fazendo uma campanha sólida. Não será jogo fácil, e o torcedor sabe disso. A expectativa no Scarpelli não é de apoio incondicional, mas de um julgamento. O clima nas redes sociais é de revolta. A torcida chama o time de “sem vergonha” e, mais do que isso, demonstra ter perdido a paciência e a fé.

Ausência de projeto 

Tadeu cobrado após Ambrogini Foto: Patrick Floriani/FFC

A verdade que salta aos olhos é a diferença brutal de investimento entre o Figueirense e as equipes que hoje brigam na parte de cima da tabela. Enquanto outros clubes se estruturam, profissionalizam e buscam o, o Figueira vive um presente de incertezas. A Clave Capital, que antes ao menos emprestava recursos, sumiu. O que resta ao clube? Um elenco barato, limitado e sem soluções.

Torcida no limite 

O técnico Pintado fala em reação. Claro, é seu papel. Mas a realidade é outra. O Figueirense não dá sinais de que possa mudar esse panorama a curto prazo. Os jogos seguem, os pontos não vêm, o desempenho não melhora e o torcedor… esse já está à beira de jogar a toalha. A verdade é que a Série D, infelizmente, não é mais um pesadelo distante. É um espectro muito real. E ele ronda o Scarpelli com força.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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