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Florianópolis lidera ranking nacional com maior participação do setor de tecnologia no PIB

Segundo levantamento divulgado neste mês pela Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), o setor de tecnologia representa hoje 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Florianópolis, que representa a maior fatia entre todas as capitais do país. No comparativo nacional, perde apenas para Barueri (SP), onde a participação do setor chega a 27,2%.

Com esforços pela conservação ambiental, o que traz restrições para a instalação de indústrias, 70% da área da Ilha é de preservação permanente, e a cidade encontrou na tecnologia uma solução sustentável para seu desenvolvimento.

A mudança de perfil da cidade também se reflete na permanência de talentos. “Antes, os estudantes se formavam e iam embora para centros maiores como São Paulo ou Porto Alegre. Hoje, eles ficam aqui, porque encontram oportunidades e qualidade de vida”, afirma Juliano Richter Pires, secretário municipal de Turismo, Desenvolvimento Econômico e Inovação.

Segundo a Acate, o número de empresas de tecnologia em Florianópolis aumentou de 600 em 2010 para mais de 6 mil em 2023, com faturamento de R$ 12 bilhões. A maioria são micro e pequenas empresas com perfil B2B (empresas que vendem serviços ou produtos para outras empresas), mas o ecossistema atrai também grandes corporações.

Apesar do crescimento do setor, ainda se enfrenta a escassez de mão de obra. Atualmente, há entre 1800 e 2000 vagas abertas só na Capital. Segundo a Prefeitura, ela atua para suprir essa demanda com programas de capacitação que atendem pessoas de 14 a 60 anos, como o Floripa Mais Tec.

 

INOVAÇÃO E INCENTIVOS

A Prefeitura, em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo, Desenvolvimento Econômico e Inovação, desenvolve diferentes programas voltados para o setor de tecnologia. O Floripa Mais Tec é uma parceria entre a prefeitura, SENAI/SC, SEBRAE e ACATE, que oferece cursos gratuitos de tecnologia para capacitar jovens e adultos para o mercado de trabalho.

Já o Programa de Incentivo à Inovação (PII), tem como objetivo fomentar o empreendedorismo por meio do apoio financeiro a startups e iniciativas com propostas inovadoras. O programa permite que até 20% do valor do Imposto Sobre Serviços (ISSQN) e do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de empresas incentivadoras seja destinado a esses projetos.

A seleção das propostas é realizada por comitês técnicos da ACATE e da própria Prefeitura. Os projetos aprovados recebem uma carta de captação, que os autoriza a buscar empresas dispostas a apoiar a iniciativa com parte de seus tributos municipais. O financiamento ocorre em formato de fundo perdido, ou seja, os recursos não precisam ser devolvidos ao poder público.

 

 

 

 

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