“Presépio da praça XV – de Barro e Luz um Património para o Menino Jesus”. Com esse nome e peças feitas em barro e cerâmica, o presépio 2024 de Florianópolis volta a homenagear seus criadores, duas das grandes personalidades da cultura regional: Franklin Cascaes e Gelci Coelho (Peninha). Este ano a tradicional montagem tem ainda um motivo mais especial, porque marca os 50 anos do presépio na principal e histórica praça da cidade, e que foi certificado como Patrimônio Imaterial de Florianópolis.
Há 30 anos, a manutenção da tradição e a montagem de presépio estão sob a responsabilidade do artista Jone Cezar de Araújo e sua equipe, que o reconstroem sempre seguindo a orientação artística de Peninha (historiador, museólogo,folclorista e escritor), que faleceu no ano ado.
Jone pesquisou, se aprofundou no tema e redimensionou a obra, aperfeiçoando sua técnica construtiva e trazendo temas anuais com mensagens artísticas para os olhos, mentes e corações dos espectadores.
“A terra, a água e o fogo são os principais materiais utilizados na confecção do presépio deste ano. A obra é inspirada no magnífico acervo feito com barro da localidade da Terra Fraca, em Palhoça, na Grande Florianópolis. Estamos confeccionando nossas figuras humanas, no estilo de “roca” da idade média, com as cabeças e mãos em barro cozido (cerâmica), técnica trazida pelos açorianos a partir de 1748″, conta o artista Jone Araújo.

A composição do presépio terá 21 figuras, todas representando os personagens da cena do nascimento de Jesus. Além da mensagem tradicional do presépio, o nascimento do menino Jesus, será representada também a principal cena bíblica da história da humanidade que é a Segunda Vinda de Jesus, sentado em seu trono de glória e circundado por anjos, representando seu retorno como Rei.

Todo o perímetro da obra será protegido por grades metálicas criadas em estilo neoclássico, exclusivamente para complementar e proteger o presépio, que estará aberto à visitação a partir do próximo domingo, dia 10 de novembro. A área do presépio contará ainda com iluminação cênica para dar mais brilho e encantar o público. A inauguração oficial está prevista para a próxima semana, quarta-feira, dia 13 de novembro.
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“Pesca Essa”

A exposição fotográfica “Pesca Essa: Herança e Identidade Cultural da Escola da Costa da Lagoa” chegará no dia 12 de novembro ao Museu da Imagem e do Som (MIS), do Centro Integrado de Cultura (CIC). A mostra é uma parceria do projeto de extensão Jornalismo e Ação Comunitária (JAC), do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com a Escola Básica Municipal da Costa da Lagoa.
A intenção da proposta é levar para a cidade um conhecimento sobre um lugar construído de forma comunitária e que representa uma força cultural, contam as professoras responsáveis pelo JAC, Melina Ayres e Isabel Colucci. A exposição traz registros da construção da escola e das transformações do espaço nos dias atuais, assim como dos elementos culturais da região que ainda preservam traços açorianos, africanos e indígenas.
O trabalho de seleção e montagem das fotos foi realizado junto com as crianças da escola que participaram de todo o processo. Além das fotografias e os tradicionais bonecos do Boi de Mamão, durante a mostra, será exibido o documentário “Vem Cá Meu Boi! A Costa da Lagoa e seu Boi de Mamão”, realizado pelos alunos da escola.

A visitação é gratuita e segue aberta até o dia 20 de novembro, de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
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Festival Varilux de Cinema Francês completa 15 anos
Em Florianópolis, a 15ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês será exibida no Paradigma Cine Arte, entre os dias 7 e 27 de novembro. Este ano o festival faz uma homenagem ao ator Alain Delon, que morreu em agosto ado e acontece ao mesmo tempo em várias cidades brasileiras.
Comédia romântica, drama, drama histórico, thriller, animação e documentário são gêneros que fazem parte da programação, com produções recentes, que integraram e foram premiadas em festivais como Cannes, Veneza e San Sebastián.
“Estamos muito felizes em trazer ao Paradigma Cine Arte mais uma edição do Festival Varilux de Cinema Francês. É uma parceria de longa data, e que muito nos alegra, por oferecer ao nosso público filmes de alta qualidade. Serão três sessões diárias totalmente dedicadas ao evento nas duas primeiras semanas, e duas sessões diárias na terceira semana. A curadoria está impressionante, vale a pena conferir!”, afirma o diretor do Paradigma Cine Arte, Felipe Didoné.
Além das exibições de longas-metragens recentes e inédito do Festival Varilux, também haverá a exibição de outros filmes em cartaz, como o filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, que também estreia neste dia 7 de novembro.
A programação completa com o horário das sessões pode ser conferida no @paradigmacinearte ou no site https://paradigmacinearte.com
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Amigos unidos na arte

Amigos de longa data, os artistas Lapa e Mousse, abrem hoje, quarta-feira, dia 6 de novembro, a exposição “Universos Paralelos” na Galeria Lama, em Florianópolis. Além de lançar uma nova coleção de obras de arte, a exposição busca celebrar a amizade e parceria dos jovens artistas.
Eles fazem o uso de técnicas mistas, que envolvem tinta acrílica, giz pastel oleoso, e intervenções oriundas da arte urbana, elaborando peças únicas que expressam momentos de agitação e placidez emocional para dialogar com os espectadores.
Além das sete telas de cada artista, a mostra “Universos Paralelos” vai apresentar uma tela em branco no início da exposição. Essa 15ª tela receberá, ao longo da visitação da mostra, intervenções dos dois artistas e o trabalho final será conhecido no dia 30 de novembro, quando encerra a exposição.
Tatuador e artista plástico há 12 anos, Andrei Berbert, conhecido como Lapa, é natural de Florianópolis/SC. O trabalho do artista é fortemente influenciado pela tatuagem tradicional e pela arte abstrata. Leonardo Schneider, o Mousse, também natural de Florianópolis/SC, foi inspirado inicialmente pela poesia e em seguida por alguns movimentos de contracultura.


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O jornalista e escritor Celso Vicenzi lança no próximo sábado, dia 9 de novembro, o livro infantil “Alice e a Árvore que Chora”, uma história criativa e divertida sobre nomes de várias espécies da flora brasileira. A obra, da Editora Insular, tem ilustrações da artista plástica Andrea Honaiser, com capa e planejamento gráfico de Ayrton Cruz.
“São árvores das nossas florestas que, com a ajuda da personagem Alice, buscam um plano para preservar a natureza e garantir um futuro melhor ao mundo e às crianças. Afinal, elas vão herdar nosso planeta azul, que já esteve muito mais verde e precisa, com urgência, dar sinal vermelho aos humanos, para evitar que continuem a destruir as matas”, disse o autor.
As 34 árvores da história foram desenhadas e pintadas pela artista plástica Andrea Honaiser, com a técnica de lápis de cor. Além das árvores, Andrea desenhou flores e frutos de várias delas, mostrando toda a exuberância de formas e cores da flora brasileira.
“Os nomes das árvores, engraçados, bonitos, poéticos, são o ponto de partida e de chegada para contar essa história em busca de um final feliz para todas as crianças, afinal, o bicho humano também precisa das árvores para a sua proteção”, acrescentou Vicenzi.
O lançamento será às 10 horas, no Café Cultura, no Multi Open Shopping, no Rio Tavares, em Florianópolis.
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“A mulher do general e a outra”

No teatro, continua em cartaz hoje, quarta, 6 de novembro, e amanhã, quinta, a peça “A mulher do general e a outra”, do grupo O Dromedário Loquaz. Texto forte e personagens marcantes constroem o cenário para discutir sobre violência, patriarcado e submissão feminina. Apesar de ambientada no início do século XX numa cidade interiorana do Brasil, a história poderia ser em qualquer outro lugar do contemporâneo, ao trazer reflexões profundas e referências atuais.
A narrativa conta a história da viúva Dalva, interpretada por Déa Busato, que procura a prostituta Jussara, vivida pela atriz Diana Adada Padilha, para avisar da morte do General, interpretado pelo ator Cezar Pizetta. O encontro das duas mulheres que acreditam pertencer a mundos distintos revelará que dividem semelhante subordinação de suas vidas às decisões masculinas e, embora não tenham sido protagonistas de suas escolhas no ado, am a vislumbrar novas possibilidades no tempo presente.
A peça tem direção de Sulanger Bavaresco e está em cartaz no Teatro da Ubro, no Centro de Florianópolis, às 20h. Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla, com link direto na bio do Instagram @dromedarioloquaz .
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Uma nova visão de empresas

Florianópolis acaba de ganhar um novo Novo Centro de Treinamento do EAG, Empresa Autogerenciável, no Square SC. No local o trabalho será de capacitação de empresários com foco em equipes autogerenciáveis, com a finalidade de impulsionar o ambiente de negócios em Florianópolis. Fundado em 2015 por Marcelo Germano e, desde 2020, dirigido por Rogério Valentim, sócios há mais de 25 anos, o EAG já alcançou mais de 8 mil empresários em todo o Brasil.
“Com este centro de treinamento, estamos dando um o significativo para criar um ambiente onde empresários possam aprender, crescer e transformar suas empresas em verdadeiras máquinas de sucesso. Estamos ansiosos para ver o impacto positivo que este espaço trará para a comunidade empresarial de Florianópolis”, comenta Germano.
“Ver o quanto já conseguimos transformar o cenário empresarial no Brasil é extremamente gratificante. Este novo espaço em Florianópolis representa não apenas um local físico, mas um símbolo de nosso compromisso contínuo com a excelência e a inovação”, acrescenta Rogério Valentim.
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Casamento das galáxias

Para fechar a coluna de hoje um registro que vai seguir na minha mente por toda a vida. O Dia das Bruxas já foi, Halloween ou, os rituais celtas que marcam as mudanças de estação seguem e na lembrança de todos que lá estavam os momentos de um casamento que dignificou a tradição de Floripa ser a Ilha da Magia. Nada por acaso, os noivos, mais a noiva, pensaram em todos os rituais marcantes de novembro para fazer do dia do casamento algo que ficasse nos registros nas galáxias pelo universo. Aliás, o Rancho da Açoriano, no Sul da Ilha, foi transformado num mundo mágico e único, onde coube de tudo, das forças da natureza, as diferentes crenças, rituais e compromisso da troca de alianças e votos de amor, num final de tarde com as cores da felicidade, com aquele forte abraço do mar.
O casamento de Yula Jorge ( minha amiga e parceira aqui do portal) com o Beto, Roberto Pacheco, que conheci desde os primeiros dias de namoro, foi surpreendente em todos os momentos, criando uma atmosfera cinematográfica e diferente de todos os casamentos que já fui na vida. E não poderia ser diferente vindo da Yula, que deposita os pensamento nas suas inconfundíveis crenças e respeito aos outros, na ampla diversidade espiritual que guia cada um de nós. A bisneta de Cora Coralina não nega sua árvore genealógica, com sua arte de criar, escrever e recitar poemas, somado a tudo isso a personalidade de uma canceriana forjada num turbilhão de sentimentos.
Poderia ficar aqui descrevendo a cerimônia inesquecível e sobre a felicidade de ser padrinho dessa união, mas de modo geral o que pulsa no meu coração é ver o amor existindo e resistindo, que sonhos podem ser realizados a qualquer tempo da vida, que as conquistas devem ser sagradas, e se preciso for, um pouco de sal de pirlimpimpim pode abrir os caminhos.
Parabéns Yula e Beto, que vocês possam se casar todos os dias!
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Até a próxima semana.
No instagram: @anselmoprada