Nessa última semana antes da convenção do MDB, que vai acontecer no dia 23 no Auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa, em Florianópolis, Antídio Lunelli correu o Norte e Oeste de Santa Catarina em busca dos votos dos delegados emedebistas.
Lunelli está confiante nas conversas que teve pelo Estado e diz que, dos 541 votos possíveis, ele vai ter mais de 70% a seu favor. Se é verdade ou blefe, só a contagem final poderá provar.
Na sexta-feira, 22, ele chega na capital do Estado e deve ir direto para o diretório estadual do MDB, onde provavelmente deve encontrar Udo Döhler pela primeira vez depois do ex-prefeito de ville decidir ser o vice de Carlos Moisés.
Desde que Antídio decidiu voltar com a pré-candidatura, eles não se falaram mais e o ex-prefeito de Jaraguá do Sul, que se sentiu traído por Udo, quer saber qual mentira a bancada dos deputados estaduais inventaram para Döhler para que ele mudasse de ideia.
Antídio não entende a mudança de Udo, pois ele foi um dos grandes incentivadores para que ele renunciasse a Prefeitura de Jaraguá do Sul. Mas ele afirma que Celso Maldaner e Carlos Chiodino ainda estão com ele e, se vencer, vai renovar o MDB de Santa Catarina.
Lunelli rebate a fala do deputado Cobalchini, que disse que não tem como apoiar uma candidatura que nem chegou aos 10% dos votos sendo do maior partido de Santa Catarina, colocando a culpa justamente na bancada estadual que não o apoiou e está puxando seu tapete.
Para Antídio, um dos maiores opositores da sua pré-candidatura é Eduardo Pinho Moreira. Sobre Paulo Afonso Vieira, ele agradeceu a contribuição que o ex-governador deu para o partido, mas disse que está na hora dele ir para casa e ambos abrirem espaço para os novos.
Se perder a convenção, a primeira coisa que vai fazer é ir para a sua casa em Jaraguá do Sul e analisar o cenário para ver se vai se candidatar a outro cargo em 2022.
Antídio é enfático em dizer que não precisa da política para viver, mas que também não vai abandonar o MDB catarinense e vai lutar pela renovação, pois teme o futuro do partido com Carlos Moisés.
Perguntado se poderia concorrer a Prefeitura de ville em 2024, assim como fez Dário Berger quando saiu de São José e foi concorrer em Florianópolis, Antídio disse que não tinha pensado nesse assunto, mas pelo tom da voz, pareceu ter gostado da ideia.
O fato é que a decisão do MDB vai impactar na candidatura de Moisés, na decisão do PSDB e também se o PP vai ou não ouvir a proposta do governador do Estado. Essa é a decisão mais esperada do sábado e é a partir daí que o cenário político estadual se moldará.