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Governo vacila e culpa a imprensa

Foto: Reprodução

A matéria da jornalista Luísa Merzullo dia 6 de novembro em O Globo causou um alvoroço nos bastidores do governo catarinense. A revelação de um negócio de 547 milhões de reais sem licitação de uma empresa de telemedicina do Piauí ao custo de 6,15 reais por pessoa quando na capital catarinense o mesmo serviço custa 1,10 reais trouxe incômodo ao governador Jorginho Mello, que reuniu a imprensa para chamar a notícia de fake news e “coisa de desocupado”. Na entrevista (abaixo), a postura física do governador revela o tamanho do desconforto.

Além de dizer que nada tinha sido pago e o negócio não havia sido concretizado, quando o contrato foi assinado pela Ciasc em 25 de março e publicado no dia oficial de primeiro de abril.

O teor dessa entrevista saiu de reuniões no centro istrativo da SC 401 e revela um grande erro de comunicação: ou o governador foi induzido a essa explicação, ou não foi devidamente aconselhado a não a fazer.

Culpar a imprensa não é a melhor saída para o homem público.

A saída por pedir um parecer do Tribunal de contas do Estado sobre o contrato depois de quase entrar em vigor revela que o governo não tinha certeza de que estava realizando um bom negócio. Depois da porta arrombada, como diz o provérbio popular.

E o fim disso? E como vai terminar esse imbróglio?

Só tem uma saída: desfazer o contrato e abrir uma concorrência pública para que o catarinense tenha o à telemedicina, pelo preço justo.

 

Ausência

A divulgação dessa negociação duvidosa em um periódico do centro do País revela quanto distante está do público a mídia catarinense, que só tratou do tema depois de O Globo – mais decidida a dar as explicações do governo do que a detalhar suspeição.

Alguém pensou em visitar a empresa Integra Saúde Medicina no Piauí? E onde fica a empresa aqui, cuja filial foi aberta três dias antes da do contrato?

Mais fácil é divulgar quermesses, festas e pets.

 

Referências

Há algumas coisas bastante difíceis de assimilar nos atuais produtos de TV.

Vozes excessivamente agudas, é uma delas. Não foi revogado ainda o princípio que boa voz é indispensável para quem está no vídeo. Têm outras bobagens, como, por exemplo, dizer “minutinhos” em vez de minutos, “de volta ao estúdio” e “conta pra gente”, frases usuais dos repórteres.

Parece que todos usam a mesma fórmula com medo de errar.

Mas, talvez o pior de todos, é “a gente não gostaria de dar esta notícia.”

Ora, se não gosta, porque está em um meio que se caracteriza por dar todo o tipo de informação, às vezes boas, às vezes ruins. Quem deve julgar é o expectador.

 

 

Jornal do Almoço

Foto: Reprodução

O Jornal do Almoço catarinense celebrou 45 anos sábado ado, com vivos de todas as suas praças. Foi ótimo o programa.

Tive a honra de por 25 anos o trabalho de um ótimo grupo, alguns ainda no ar até hoje.
Tenho lembranças maravilhosas desses anos, como os vários JAs nas cidades do interior, entre elas um jornal inteiramente ao vivo com neve caindo em São Joaquim.

Outras são mais dolorosas, como a cobertura das enchentes em Blumenau em 2008 e da morte do cinegrafista Evandro Troian, de Chapecó, em 2007, atropelado durante cobertura de acidente.

Lembro em especial das Copas da França e Coreia e Japão, para onde viajamos com cinegrafista exclusivo para a equipe. Na França, foi um show de imagens em meio a cobertura da Globo.

Cacau Menezes foi o que melhor soube aproveitar a oportunidade das imagens próprias, algo que até hoje as outras afiliadas nem tentaram.

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