O final de debate melancólico ontem à noite, patrocinado pelo grupo Flow, com a pancadaria entre assessores, deixa uma pergunta no ar: quem criou o mito Pablo Marçal, candidato desconhecido antes da campanha eleitoral?
O partido dele, PRTB, não tem bancada no Congresso e pela lei, a mídia não seria obrigada a convida-lo a debater.
Entrou no line-up por causa de sua atuação na internet, recheado de seguidores. A mídia se curvou a esse indicativo.
Seria um contrassenso não convidá-lo já que ele conseguiu empate técnico com os demais candidatos na largada das pesquisas. Agora paga o mico de conviver com um agressor e destemperado verbal, que usa os debates provocar os concorrentes.
Depois da cadeirada que levou de Datena, Marçal ensaiou mudança de comportamento, estilo paz e amor. Mas durou menos de uma semana porque estagnou nas pesquisas e agora parte para tudo ou nada. Estilo posso não ganhar na urna mas vou ganhar no braço.
Marçal não vai mudar.
Fica, então a pergunta, para o último e mais importante debate de todos, que é o da TV Globo. Vai convidar Marçal, mesmo não precisando pela lei? E se convidar como vai evitar agressões e pancadarias?