O jornal gaúcho Zero Hora, tradicional impresso do Grupo RBS, tem chamado atenção para fatos que demonstram que não está ando por um bom momento.
São pelo menos momentos estranhos que começaram com uma entrevista do presidente do Comitê Editorial do grupo, Nelson Sirotsky dado a um grupo de veteranos jornalistas.
No longo depoimento, ele enaltece as alterações realizadas de conteúdo impresso, que chama de print, apostando mais em colunistas que dão notícias do que em reportagens. As referências positivas ao pessoal que curte Tik Tok viraram mote de um enorme texto crítico publicado pelo premiado jornalistas, Luiz Claudio Cunha.
O texto repercutiu enormemente na web em geral e internamente em especial.
Dá a impressão que depois desse turn over com redução do número de páginas de 40 para 32, a linha editorial de ZH balançou. Há poucos dias publicou uma inexplicável entrevista com a dona de uma “casa noturna” e mais recentemente (foto) uma matéria com este título: “apostas online não aumentaram dívidas aponta estudo encomendado por bets.”
O que poderia dizer um estudo comprado pela bets?
Sabe-se por dados oficiais que até pessoas humildes comprometeram a renda do bolsa família apostando em jogos online. O governo estuda faz um jogo de cena como se tomasse medidas preventivas, mas acaba de liberar mais duas casas de apostas, sendo que agora são 100 legalizadas.
E elas estão infiltradas na mídia de tal maneira que algumas não sobreviveriam sem o dinheiro delas.
Já temos aí um problema social, problema para o qual fecha os olhos a direção de ZH.
O mico da fórmula 1

Tudo indica que a Rede Globo patrocinou o maior mico da história de seus encontros anuais com o mercado publicitário. Há poucos, abriu a festa mostrando no telão um carro de fórmula 1 e depois anunciou a equipe que supostamente iria participar das transmissões em 2025.
Só que, 24 horas depois do evento, a Band divulgou publicamente que tem os direitos da F 1 até o final do ano que vem e não vai abrir mão.
Ao analisar o evento, colunistas especializados como Ricardo Feltrin atribuíram o mico ao empobrecimento da equipe de produção da Globo, incluindo a apresentação da festa a cargo de Tatá Werneck, cujo texto não tinha graça nenhuma.
O mais grave, entretanto, foi a emissora anunciar um evento do qual não tem direito.
Eleição

CNN foi mais eficiente do que a GloboNews na divulgação dos resultados do segundo turno. Apostou em telas bem claras e pessoal afiado em divulgar números, que era o interessante ontem.
GloboNews tinha muita gente no estúdio querendo falar.
Apontamentos
Muito engraçado apresentadores que mostram informações em telas, apontarem para os dados como se fosse professor de escola primária. Se está na tela, o telespectador está vendo.
Engraçado também ao nominarem de “gente”, quem está em casa. “Olha gente” é muito usado e totalmente falso ao parecer informal.