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O que é Finança Descentralizada (DeFi) e por que você deve se informar sobre isso

Foto de Shubham Dhage na Unsplash

Um nome que está recebendo destaque no universo financeiro moderno é DeFi. A sigla em inglês resume “Decentralized Finance”, ou seja, Finança Descentralizada.

A pergunta óbvia e simples é uma só: o que é DeFi? Como isso impacta a vida de quem atua diretamente no setor financeiro, seja um expert, seja um mero interessado? O objetivo deste breve artigo é responder essas perguntas e ao mesmo tempo servir de guia para o conceito.

 

Entendendo o que é DeFi

Antes de mais nada, é preciso colocar o conceito de DeFi lado a lado com outro termo que vai aparecer muito dentro do assunto: criptomoedas. Da mesma forma que as criptos não têm lastro, emissão oficial nem nada do tipo, o DeFi também visa tirar do caminho obstáculos.

Em resumo, DeFi é um protocolo que visa eliminar intermediários e centralizadores dentro do mundo das finanças. As criptomoedas existem sem intermediação de governos, bancos e afins, e o mesmo é o que está sendo aplicado com as DeFi.

Existe um verniz ideológico por trás do conceito, o do Anarcocapitalismo, escola de pensamento comum no meio liberal que, via de regra, é a força-motriz por trás de projetos como as criptomoedas e o DeFi em si.

A ideia é simples: quanto menos partes envolvidas numa transação que não os interessados diretamente, melhor.

 

DeFi e criptomoedas

Vale a pena entender mais a fundo a correlação de criptomoedas e do DeFi, porque são conceitos que, na verdade, andam de mãos dadas. O principal nome na ponte entre os dois projetos, aliás, é a Ethereum – tanto uma criptomoeda quanto uma rede que serve de plataforma para projetos DeFi.

A Ethereum, vale notar, é a segunda criptomoeda mais utilizada no mundo, ficando atrás apenas, claro, da Bitcoin, também com um valor flutuante e que teve grande valorização nos últimos anos. O preço do Bitcoin também tende a variar bastante, o que é um cuidado a se tomar.

Mas por que a Ethereum foi escolhida como rede principal de DeFi? Simples: ela possui as características que possibilitam, antes de mais nada, o desenvolvimento de softwares descentralizados.

Além disso, as redes dessa cripto se valem da tecnologia Smart Contracts (contratos inteligentes) para reduzir o máximo possível a necessidade de intermediários humanos – ou então de órgãos e corporações.

 

Aplicações práticas do conceito de DeFi

Voltando novamente ao conceito político-filosófico por trás de DeFi, a ideia principal é democratizar o o a transações no estilo Exchange (bolsa). O principal, claro, é que tudo seja feito pela internet, de modo que custos com instalações físicas, bem como pessoal, inexistem.

Algumas das muitas características desse tipo de serviço financeiro incluem as vantagens do anonimato, simplicidade na transação e atualização de taxas e juros em tempo real – questão de segundos.

Via de regra, para utilizar os conceitos de DeFi, o usuário precisa ar um DApp, sigla usada no meio que significa, em português, Aplicativo Descentralizado. As possibilidades de ações ainda são um trabalho em construção, mas a promessa é que todas as transações, inclusive de empréstimos e financiamentos, sejam desburocratizadas, mais ágeis e flexíveis.

 

Futuro do projeto e seu impacto

Ainda é relativamente cedo para projetar o que o conceito de DeFi como um todo deve representar para o mercado financeiro. Ainda assim, considerando que hoje existem até países que aceitam criptomoedas como forma de pagamento, não é algo que possa nem deva ser ignorado.

É preciso, enfim, tomar uma série de cuidados com os impactos imediatos que adotar um perfil financeiro completamente independente pode ser.

Por exemplo, usuários de DeFi não estão isentos de taxação governamental, como IR e outros. Como não há banco por trás, é preciso manter um controle pessoal rígido de informes de rendimentos, registros e afins para prestar contas.

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