Nessa segunda-feira, 8, vai acontecer no Congresso Nacional o ato “Democracia Inabalada”, que marca um ano das invasões dos prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Planalto por pessoas que contestavam o resultado das eleições de 2022.
A cerimônia está programada para começar às 15 horas no Salão Negro do Congresso Nacional. já confirmaram presença o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP); o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD); o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB); o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso; a ex-presidente do STF, Rosa Weber; o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Alguns governadores de estado, ministros, secretários-executivos dos ministérios, presidentes de estatais e representantes de organizações da sociedade civil também foram convidados pera a solenidade.
O palco ainda contará com a presença da ativista Aline Sousa, integrante do Movimento Catadores DF, que, como represente da sociedade civil, entregou a faixa presidencial a Lula na cerimônia da posse, em 2023.
O primeiro ato dessa cerimônia será a execução do Hino Nacional pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, acompanhada de grupo musical. Em seguida, os presidentes dos três Poderes vão discursar.
No evento também será entregue itens do patrimônio público que foram depredados durante a invasão. Haverá o descerramento de placa alusiva à restauração da tapeçaria de Burle Marx, que faz parte do acervo do Senado Federal, e a entrega simbólica da Constituição Federal que foi levada do STF durante os atos de 8 de janeiro.
A tapeçaria de Burle Marx, que é de 1973, tinha quase 50 anos no momento do ataque. Ela não apenas foi rasgada, mas também urinaram na peça. O restauro foi feito em um ateliê especializado em São Paulo, pois havia o risco de manchar o tecido de algodão se fosse lavado e envolveu o trabalho de oito profissionais que custaram R$ 236,2 mil.
Já a réplica da Constituição Federal, que ficava exposta no Salão Branco do Supremo Tribunal Federal, não sofreu nenhum dano.
O exemplar foi entregue à Polícia Federal de Varginha, em Minas Gerais, pelo designer Marcelo Fernandes Lima, de 50 anos, de São Lourenço (MG). Ele participou dos atos e disse que tomou o livro das mãos de outras pessoas para evitar que fosse destruído.