Mesmo diante da expansão de plataformas digitais, o rádio segue como o meio que mais fortalece o vínculo entre comunicadores e ouvintes. É o que mostra a recente pesquisa Techsurvey, realizada pela Jacobs Media, com mais de 30 mil ouvintes nos Estados Unidos e Canadá. Segundo o levantamento, 56% dos entrevistados afirmam sentir uma conexão especial com suas rádios locais, algo que não encontram em outros formatos de áudio, como podcasts, serviços de streaming ou assistentes de voz.
Para o presidente do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Rio Grande do Sul (SindiRádio), Roberto Cervo Melão, o estudo internacional confirma o que os profissionais da radiodifusão já percebem no dia a dia das emissoras. “O rádio é feito por pessoas reais, que conhecem a comunidade, falam a mesma linguagem e vivem os mesmos desafios dos ouvintes. Não é à toa que ele segue sendo o meio mais confiável e presente na rotina das pessoas. Essa conexão emocional é construída com base na proximidade, na escuta ativa e na entrega de conteúdo útil e relevante”, destaca Melão.
A pesquisa também aponta que os programas locais e os comunicadores das regiões em que atuam são os maiores diferenciais competitivos do rádio. Enquanto outras plataformas se baseiam em algoritmos e distribuição global, o rádio mantém seu DNA: estar presente na vida real das pessoas, com informação, prestação de serviço e afeto.
Melão reforça ainda que, no Brasil, o cenário não é diferente. “Aqui no Rio Grande do Sul e em todo o país, o rádio local é insubstituível. Está presente nos deslocamentos, no trabalho, nas áreas rurais e urbanas. Ele conecta, mobiliza e informa com agilidade e credibilidade. O rádio é, cada vez mais, uma ferramenta de cidadania e desenvolvimento”, destaca.
Melão também relembra que “o SindiRádio segue atuando de forma ativa na valorização da radiodifusão regional, apoiando as emissoras no enfrentamento de desafios tecnológicos e regulatórios, e reafirmando o papel do rádio como pilar da comunicação democrática e plural”.